18.12.08

review: Hellboy 2

Hellboy 2: The Golden Army
ano: 2008
direção: Guillermo del Toro
roteiro: Guillermo del Toro

- Suck my ectoplasmic Schwanzstücke! !


É, nosso herói endiabrado está de volta e em meio a ótimas adaptações dos quadrinhos, como Batman e Iron Man, Hellboy faz bonito e fica praticamente no mesmo nível deles. Um dos motivos que faz Hellboy ser tão legal é que o diretor Guillermo del Toro nunca perde as chances de humanizar o vermelhão, principalmente quando o assunto é Liz, o seu grande amor.

Geralmente os enredos de filmes desse tipo são apenas desculpas para apresentar um vilão e um potencial confronto dele com o herói. Hellboy 2 segue esse princípio, mas ele se destaca por adicionar subtramas interessantes que se relacionam e enriquecem tal enredo. Nem sempre essas subtramas são originais, como a já batida situação na qual temos um herói que acaba sendo visto como um problema para a sociedade e não como a solução. Deixando esse deslize de lado, podemos nos encantar com Abe e Hellboy afogando as máguas em latinhas de tecate e ao som de músicas melosas. É extremamente divertido ver dois heróis fazendo coisas de humanos.

Claro que a ação é importante e Guillermo del Toro mostra competência ao criar cenas empolgantes. Às vezes vemos em alguns filmes um monte de bombas explodindo, pessoas correndo, perseguições e tudo parece uma zona, o que acaba ficando chato. Isso não acontece aqui. Hellboy 2 passa muito rápido e as cenas de ação colaboram para isso.

O filme até possibilita uma discussão filosófica: Devemos destruir agora algo que PODE fazer um grande mal no futuro? É de se pensar.

Ah, sim... também vai um grande destaque para um novo "herói". Um semi-robo com um sotaque alemão bem engraçado. Certamente ele é o responsável pelos melhores momentos de humor do filme.

13.12.08

pseudo-review: Os estranhos

.:... Os Estranhos
Ano: 2008
Direção: Bryan Bertino

Se você não se importar muito com certos clichês do gênero, você pode considerar Os Estranhos uma boa experiência de suspense, terror e até mesmo de um soft-gore.

Kristen e James estão voltando de uma festa de casamento lá pelas 3 e pouco da manhã e logo percebemos que alguma coisa aconteceu entre eles, já que Kristen está triste, com lágrimas escorrendo pelos olhos e com um cigarro na boca.

Uma vez dentro da casa, - que obviamente fica no meio do nada -, o clima entre o casal não melhora e aos poucos vamos compreendendo o por que. É, um pouco de desenvolvimento dos personagens não faz mal a ninguém. Mesmo sendo pouca coisa, já ajuda o público a criar uma certa empatia por eles.

Sabemos de antemão que se trata de um filme de terror e ficamos só esperando os sustos começarem. Aliás, isso é algo que eu realmente gosto.

Não demora muito e ouvimos uma batidada na porta. No meio do nada, às 4 da manhã... não pode ser algo bom, certo?

A partir dai que tudo começa. O bom do filme é que ele consegue criar uma atmosfera claustrofóbica e assustadora que aumenta aos poucos através de pequenas coisas, como batidas na porta, objetos que "mudam" de lugar e é claro, pessoas com máscaras que ficam em ângulos cujos personagens não conseguem enxergar, mas nós sim!

Pena que ele perde um pouco da força quando começa a ficar um pouco repetitivo, quando se entrega a sustos fáceis e ao chegar num desfecho que tem o claro objetivo de deixar a porta aberta para sequências.

Os Estranhos consegue assustar pois nada do que acontece soa forçado(mão muito, pelo menos). É algo que poderia acontecer com qualquer um, já que é um filme que não usa do sobrenatural para meter medo e sim de uma das coisas mais violentas e incompreensíves do mundo: o ser humano.

2.12.08

braindead, children of huang shi, henry

Agora que tô de férias a idéia é atualizar esse blog com mais frequência. Não que eu ache que tenha alguém acompanhado isso aqui, obviamente.

Vi alguns filmes ultimamente e decidi falar sobre três. Vejamos.

The Children of Huang Shi, 2008
Roger Spottiswoode



Esse filme tem uma temática a lá sessão da tarde, realmente é uma história pouco original, que ficamos com a impressão de já ter visto em algum outro lugar. O filme é baseado em fatos reais e conta a história de George Hogg, um jornalista britânico que estava em busca de um furo de reportagem na China invadida pelo Japão no final dos anos 30, mas acabou se tornando um humanitário ao resolver ajudar crianças orfãs que não tinham nada, nem esperança.

Na maioria do tempo é um mamão com açucar bem previsível, porém algumas cenas realmente fortes, a bela fotografia e o bom elenco fazem o filme valer a pena.

Nota: 70


Henry: Retrato de um Serial Killer, 1986
John McNaughton



É realmente um filme estranho e perturbador. A história está resumida nesse título e não há muito o que acrescentar. Henry é um cara que precisa matar, assim como precisa de oxigênio para respirar. A cada 10 minutos vemos Henry comentendo mais um crime, na maioria das vezes com requintes de crueldade. O problema é que as motivações dele jamais são explicadas. Numa conversa entre Henry e um personagem percebemos que a relação dele com a mãe era péssima, só que não temos certeza de que ele está falando a verdade.
Acredito que a idéia não era realmente compreender o assassino, mas apenas mostra-lo. E pra mim esse é o problema do filme.

Nota: 78


Fome Animal, 1992
Peter Jackson


Reza a lenda que quando FOME ANIMAL estreiou na Nova Zelândia saquinhos para vômitos eram distribuidos na entrada dos cinemas. Hoje em dia tais cenas não devem causar medo, arrepios, e sim diversão com certa dose de nojo.

É impressionante a capacidade de Peter Jackson de criar tantas cenas bizarras e difíceis com tão pouco dinheiro. Nunca antes Zumbis foram mortos de formas tão criativas, nojentas e divertidas. E o filme é apenas isso. A história é uma bobagem, assim como as atuações não são das melhores. Porém as decapitações, esquartejamentos e afins são impressionantes e transformaram esse filme num clássico do Trash.

Nota: 80