28.7.08

John Rambo

2008
Sylvester Stallone




Acabo de assistir ao quarto filme do Rambo e estou impressionado. Sim, impressionado. John Rambo ou Rambo IV é um filme cuja história é uma simples desculpa para que o prato principal seja servido: ação temperada com violência. Ou seria violência temperada com ação?

John Rambo trabalha numa floresta capturando cobras, para que elas sejam usadas num tipo de luta entre homem e cobra. Tudo parece normal até que ele recebe a visita de um grupo de pessoas que quer visitar um local assolado por uma guerra/genocídio e tentar fazer algo pelos oprimidos.

Pois é. Se você for pensar bem, quem em sã consciência iria prum lugar daqueles? Só em Rambo mesmo.

Como falei, foi uma maneira idiota e um tanto ingênua para que o motivo que é a razão de existir do filme se sobressaia: SANGUE.

E o incrível é que ele funciona muito bem. Não dá pra esperar um desenvolvimento de personagens ou do enredo em si, nem um certo estudo psicológico do Rambo como foi feito no primeiro filme da série. Temos aqui ação desenfreada e uma violência bem realista e que chega até a incomodar, no bom sentido. O filme voa porque Stallone mostra muita competência para filmar cenas de batalhas e de perseguição.

Se você quer ver um filme que cumpre o que promete e cujo clímax é um cabeludo forte atirando pra todos os lados atrás de uma arma extremamente poderosa... sirva-se!

Nota: 74

23.7.08

review: the dark knight

The Dark Knight, 2008
Cristopher Nolan




O hype ao redor do novo filme do Batman elevou minhas expectativas, que, devo dizer, já estavam altas devido a bela nova-introdução que foi feita ao personagem em Batman Begins. A boa notícia é que ele corresponde a maioria das expectativas, a ruim é que não estamos diante de um Poderoso Chefão 2, como li em algumas críticas. Calma! O filme é foda, está entre as melhores adaptações de HQs da história do cinema, mas não é uma obra-prima.


Primeiro quero escrever sobre as coisas de que gostei, que não são poucas. Heath Ledger está sinistramente fantástico como o coringa. Toda a repercussão em torno da sua atuação não foi exagero. Seria justo que o filme se chamasse THE JOKER, pois é este o personagem que melhor representa toda a violência e a desesperança que são assuntos centrais de The Dark Knight. A atuação dele é algo magnifico. Heath Ledger utiliza certos os maneirismos como movimentar a lingua à la T-BEG de Prision Break para deixar o personagem mais fascinante ainda.

Há algo no Coringa que me faz lembrar do John Doe de Seven e do Ben do Lost, o que só pode ser algo bom, não é mesmo?


Gotham City é basicamente uma representação fiel de qualquer grande cidade do mundo. Corrupção e violência andam de mãos dadas e parece não haver volta. Parece que tudo vai ficar pior. A população clama por um herói, mas como é dito no filme, não um herói que a cidade merece, mas um que a cidade precisa. Nem sempre isso está representado na mesma pessoa.

Eis um assunto contemporâneo, o que nos aproxima e muito dos acontecimentos do filme. Vemos nossas grandes cidades serem retratadas de uma maneira praticamente fiel em Gotham City. Infelizmente não temos um Batman por essas bandas e nem um Harvy Dent.



As cenas de ação poderiam ter sido trabalhadas de uma forma mais interessante. Temos sim sequências empolgantes, mas que parecem se tornar um tanto repetitivas e barulhentas demais. Gosto de coisas mais elegantes, como Operação França, ou que me deixem com um nivel de adrenalina insuportável, como toda a trilogoa Bourne.


Enfim, The Dark Knight realmente deve ser chamado de uma CRIME-SAGA. O Coringa é o SCARFACE, é o Darth Vader...

Interessante que não sabemos como ele surge e nem o que o motiva a cometer seus crimes. Dinheiro não é. Ele quer criar o caos... ele quer provar que o ser-humano é mau por essência, quer provar que todos podem ser corrompidos, até mesmo os mais improvavéis de serem.

Nota: 85

22.7.08

mini-review: sleuth e outras coisas

* SLEUTH (2007)
No começo o filme me pareceu estranho demais, mas aos poucos fui me adaptando e não demorou muito eu já estava gostando de praticamente tudo o que eu via. O diretor mostra bastante competência ao trabalhar com planos inusitados, além de criar uma atmosfera que nos distancia emocionalmente dos dois personagens, algo que achei essencial para aproveitar melhor tudo o que acontece.

No filme temos apenas dois personagens e muito diálogo. A sorte é que é um diálogo muito bem feito, capaz de nos manter ligado pelos 90 minutos. Esses dois personagenz fazem um jogo do tipo gato e rato, um quer foder psicologicamente o outro.O legal é descobrir qual dos dois é o mais capacitado para iludir e atordoar o adversário.

A primeira parte do filme é fantástica, mas depois ele vai decaindo... até chegar no seu insatisfatório final. Um filme um tanto "pointless", mas que vale pelas atuações, pelo diálogo e pela primeira parte.

Nota: 76

review: cleaner

Cleaner, 2007
Renny Harlin


Poderia ser um bom filme, mas péssimas escolhas e uma certa preguiça fazem esse filme não ser nada mais do que mediocre. Há uma premissa bem interessante e original. Tom Cutler possui um trabalho pouco ortodoxo. Ele tem uma empresa cuja função é limpar toda a sujeira, leia-se sangue, que fica espalhada pelas casas após uma morte um pouco mais violenta. Legal, não? O mais legal é ver Tom Cutler fazendo o seu trabalho. Ele é um cara extremamente metódico e passamos a admira-lo por isso.

Se o filme se concentrasse mais nos seus trabalhos, poderia ter tido um resultado melhor. Ocorre que ele é contratado pra fazer um serviço que está cercado por um mistério. Bom, era inevitável que o roteiro surgisse com algo desse tipo, mas a sua resolução é tão previsível que não da pra acreditar que é verdade. Faltou empenho de trabalhar melhores idéias. As reviravoltas que acontecessem tb são toscas e fogem totalmente da realidade do filme e do seus personagens.

A direção até que é boa. O diretor gosta brincar com as técnicas cinematógraficas, criando cenas
de relativa qualidade, mas que pecam por não ter nenhum propósito, a não ser um mero exercício de estilo.

21.7.08

review: we own the night

Os Donos da Noite, 2007
James Gray



Este é um filme que ficou um tanto esquecido no meio de tanta coisa boa que surgiu em 2007. É uma pena, pois é um grande filme. Não que ele traga algum tipo de novidade para os filmes policiais e de crimes, mas ele possui um bom roteiro que ganhou vida de uma maneira muito competente, graças ao trabalho do diretor James Gray e da atuação de 3 excelentes atores: Robert Duval, Mark Wahlberg e Joaquin Phoenix.

Robert Duval é um chefe de policia extremamente respeitado. Seu filho Joe segue seus passsos dentro do departamento de policia, o que é um motivo de grande orgulho. Já seu outro filho, Bobby, é gerente de uma casa noturna, o que desagrada o seu pai.

Ocorre que um traficante perigoso decide agir justamente na casa noturna na qual Bobby trabalha e Joe quer fazer de tudo para prender o bandido.

O filme tem um clima pesado, nos somos capazes de sentir a insegurança que cerca praticamente todos os personagens. Qualquer passo em falso pode representar a morte. Ha uma cena de perseguição fantástica, na chuva, num dia extremamente cinzento. O diretor não utiliza uma trilha sonora convencional, barulhenta, mas aposta em sons não muito usuais e baixos, que acabam criando um impacto fantástico.

Alem dessa cena, o que mais chama atenção no filme é essa relação entre a família. O pai, ao mesmo tempo critico e protetor e os irmãos. Que apesar de discordarem de várias coisas, de brigarem, xingarem uns aos outros, sabem que são sangue do mesmo sangue e que o sentimento que os liga é muito forte. James Gray foi muito feliz ao tratar disso de uma maneira extremamente comovente e realista.

Tirando uma reviravolta que não condiz muito com a personalidade de certo personagem, não vejo falhas no filme. Vejo apenas que ele poderia ter sido ainda melhor.

Nota: 88

19.7.08

review: doomsday

Doomsday, 2008
Neil Marshall



"Em terra de infectados, quem é imune é rei"

Depois de presenciar esse diálogo, mais ou menos no final do filme, finalmente cheguei a conclusão de que Doomsday não foi feito para ser levado a sério. Ao longo de seus 110 minutos presenciamos muito sangue e pouca história. Um filme que se apresenta como nada mais do que uma brincadeira não está IMUNE a críticas, ainda mais quando ele não consegue gerar diversão o suficiente para nos fazer esquecer do seus problemas, como é o caso desse último trabalho de Neil Marshall.

Neil Marshall, hein? O que você fez? Com um início promissor no cenário mundial com o terror-claustrofóbico "O Abismo do Medo", o cineasta acaba desperdiçando o seu suposto talento numa empreitada digna de framboesa de ouro.


Acreditem ou não, existe um plot e ele é até bacana: A Escócia é tomada por um vírus altamente letal chamado de REAPER. Esse vírus é de fácil transmissão e em pouco tempo mata milhões de escoceses. A vizinha Inglaterra resolve construir uma barreira em volta da Escócia, deixando o povo a sua própria "sorte".

Em 2035 o virus reaparece, só que dessa vez na Inglaterra. A solução? Ir até a Escócia em busca de pessoas não-infectadas, que podem ser a fonte de uma cura. Quem pode comandar uma equipe para tal missão é a Marjor Eden Sinclair, uma moça que não leva desaforo para casa.

Parece que eu acabei dar vários spoilers, não é? Ledo engano. Tudo isso acontece em muito pouco tempo, o que é capaz de gerar uma certa confusão. Aliás, é nessa introdução que meu problema com o filme começa.


Sabe, no ínicio eu até tinha esperanças que poderíamos estar diante de um bom filme, que tratasse um mundo pré e pós-apocaliptico como ele de fato seria: com muita violência e despreparo do povo e das autoridades. Cenas que mostram o exército atirando a esmo e acertando meros civis, além de corroborarem com a verossimilhança desse novo e caótico mundo, cria um trágico e fiel paralelo com os acontecimentos recentes envolvendo policiais e suas desorganizadas ações.

Mas essa boa impressão foi se dizimando rapidamente. O que poderia gerar uma boa história, se fosse trabalhada com uma certa classe e com boas idéias, acaba se transformando num mar de cenas de ação frenéticas, com milhares de cortes, excessivamente barulhentas e que enjoam muito fácil.

O gore está presente em quase todo o filme. No começo é até legal e é capaz de deixar os mais sensíveis impressionados com alguma coisa, mas a sucessão de corpos despedaçados-queimados-amassados-cortados é tão grande que tudo isso acaba se transformando em algo caricatural e falso demais, gerando mais risadas do que qualquer outra coisa.


Neil Marshall não consegue utilizar um cenário como um mundo pós-apocaliptico para criar uma só cena que traga suspense ou apreensão satisfatórias por estarmos presenciando o fim da humanidade ou algo que o valha. Totalmente o oposto do que ocorreu em filmes como Exterminio, Eu sou a Lenda e Filhos da Esperança, não é mais?

A trilha sonora e os VILÕES acabam por deixar tudo pior. Sim, pior. A trilha parece que foi puxada de algum jogo de super-nintendo e a galera do mal são um bando de punk sem um pingo de inteligência, que teoricamente deveriam ser ameaçadores por parecerem com o pessoal barra-pesada de MAD MAX, mas esqueçam! Eles são mais burros e tapados do que o roteirista que os criou... que é o próprio Marshall... tsc!

Pra não dizer que de nada gostei, a cena que mostra a heroina lutando contra um gladiador dentro de uma arena é interessante, apesar dos ínumeros cortes. ARENA? GLADIADOR? Pois é... vejam por vocês se tiverem coragem e estiver com alto grau de tédio.

Nota: 40

16.7.08

review: o nevoeiro

O Nevoeiro, 2007
Frank Darabont



Stephen King é um escrito muito lido, mas também muito criticado. Muitas vezes ele é execrado pela critica por ter um estilo de escrita aparentemente muito simplório. Em partes eu até concordo. Ele realmente não tem o rebuscamento como a sua prioridade. Para ele basta inventar e contar uma história de uma forma agradavél, de fácil compreensão e que deixe os leitores sempre havidos para chegarem a página final. Se só existissem Jonhs Banville e Machados de Assis teriamos menos leitores no mundo ainda.

Uma constante na sua carreira é ter os seus livros adaptados para o cinema. Tivemo filmes que foram muito bem executados e chegaram a superar suas obras em termos de impacto e qualidade, como o Iluminado(Stanley Kubrick). Mas também houve coisas totalmente dispensáveis, como o recente Desespero, que é um bom livro, mas na telona perdeu muito de sua força.

O fato é que sempre que Stephen King trabalhou com o Frank Darabont tivemos excelentes resultados. Um sonho de Liberdade e À Espera de um Milagre falam por eles mesmo. Agora, em O Nevoeiro, a dupla acerta novamente, criando um fantástico thriller de terror que não se limita apenas a sustos e sangue.


O Nevoeiro, na verdade é um dos vários contos presentes no livro Tripulação de Esqueletos. Não imaginava que ele poderia ter se transformado num filme tão bom.

A primeira cena que vemos é de David Drayton fazendo o seu trabalho na sala de sua casa. Ele cria cartezes para filmes e está prestes a acabar uma tela quando percebe uma tempestade grandiosa tomando forma. David não pensa duas vezes e leva sua esposa e seu filho para o porão.

Na manha seguinte eles se dão conta do estrago. Muitas árvores não resistiram e foram responsáveis por um cenário de destruição. Eles também percebem que há um nevoeiro vindo do mar, aparentemente, como outro qualquer.

David, seu filho e o vizinho Norton decidem ir até a cidade em busca de mantimentos. No mercado, eles percebem uma movimentação estranha de militares, indicando que havia alguma coisa de errado. Não demora muita e o Nevoeiro se mostra como uma verdadeira ameaça, matando todos que ele vê pela frente. Os três decidem permanecer no mercado, assim como o resto dos clientes.




É uma situação um tanto absurda, mas a competência do elenco me fez esquecer disso. Passei a me envolver com os personagens e com os acontecimentos de uma maneira que é rara de acontecer.

As pessoas do mercado se monstram céticas quanto ao que está acontecendo. Afinal, como um nevoeiro pode simplesmente matar alguém? É interessante, que mesmo não acreditando, eles ficam com medo de deixar o local.

O filme trabalha com maestria como uma situação extrema pode influenciar as pessoas, como o medo pode impulsionar diversos tipos de ações e reações.

Temos uma personagem responsável por um dos pontos altos do filme. É a Mrs. Carmody, interpretada com um desempenho acima da média por Marcia Gay Harden. Desde quando o Nevoeiro aparece e supostamente tras com ele mortes e caos, ela começa a dizer que isso não é nada mais, nada menos, do que o juizo final. É a ira de Deus se fazendo presente. É Deus cansado de tantos pecadores. No começo todos olham com desconfiança para ela, mas numa situação de desespero como essa, as pessoas tendem a se apegar em qualquer tipo de explicação.

Mrs. Carmody não deixa de ser um tipo de vilã e confesso que fiquei mais com medo dela do que do Nevoeiro. Que oratória! Que persuassão!

É um daqueles filmes que não temos certeza de que tudo acabará bem, muito pelo contrário. Não há esperança. Não há saida. O terceiro alto é algo de espetacular. Segurando quem quer que seja na poltrona até a improvável resolução.

Magnifico!

Nota: 88

15.7.08

review: night of the living dead

A Noite dos Mortos-Vivos, 1968
George A. Romero



Demorei para assistir ao primeiro filme de zumbis de George A. Romero e apenas tenho a lamentar por tanto tempo perdido, pois é algo especial. O lançamento se deu em 1968 e naquela época ele teve um enorme impacto sobre o público. Era gente vomitando no cinema, gente tomando sustos incrivéis e teve até uma associação cristã que quis processar George Romero, dizendo que ele havia feito um pacto com satanás. Hoje em dia, tais cenas não produzem o mesmo efeito, mas o filme continua a assustar, principalmente na famosa sequência final, que influenciou tantos filmes posteriores, como Sinais de M. Night Shyamalan.

Não é todo mundo que gosta de filmes de zumbi, mas acredito que A Noite dos Mortos-Vivos pode se apreciado por qualquer um.

Tudo começa de uma forma tranquila, mas com um ar de que alguma coisa estranha vai acontecer. Temos um casal de irmãos visitando o túmulo da mãe num cemitério que fica em alguma cidade do interior. Eles estão discutindo e vemos ao fundo um homem velho se aproximando, aparentemente é só o guardião do lugar. APARENTEMENTE, apenas, já que ele se revela como o primeiro zumbi e é ai que a diversão e o medo começam.



George Romero operou milagres para criar essa atmosfera caótica e assustadora com tão baixo orçamento. Ele consegue transmitir bem o medo e a desolação que os personagens sentem ao ficar presos numa casa cercada pelos zumbis, que querem apenas uma coisa: CARNE HUMANA FRESCA.

Assim como nós, os personagens demoram a entender o que está acontecendo. Até que alguém acha um rádio e as explicações começam a ser dadas. No filme eles tentam explicar a origem dos zumbis, mas é algo um tanto non-sense demais... mas no fundo, o que importa? Só importa que eles não tem sentimentos e querem apenas achar comida para continuarem "vivos".



Existe uma enorme quantidade de sustos fáceis, de personagens idiotas morrendo de maneiras inacreditáveis e tomando as piores decisões possíveis.

Mas isso eu deixo de lado. Eu guardo pra mim toda a habilidade que George Romero demonstrou
ao criar um filme que transmite um medo genuino na maior parte das cenas. Guardo a coragem do diretor de criar algo tão sanguinário no final dos anos 60. E também guardo nas minhas retinas a imagem da cena final, que é ao mesmo tempo perturbadora e irônica.

Enfim, temos um belo inicio para uma dinastia dos Zumbis de George A. Romero.

Nota: 84

13.7.08

coxa e review: the living and the dead

Goias 2x2 Coritiba
O coxa até fez um primeiro tempo razoável, pelo menos na marcação. Felipe, Rodrigo Mancha e Mauricio demonstraram segurança e contaram com a ajuda do incansável Leandro Donizete para contar os esporádicos ataques do Goias.

Marlos perdeu todos os lances que tentou ir para cima da defesa adversária e Hugo e Keirrison ficaram isolados na frente. As oportunidades criadas foram raras e não levaram muito perigo ao gol de Harlei. Apenas um chute de Keirrison e acho que nada mais.

No segundo tempo o coxa saiu na frente logo no início, mas não muito depois, aos 8 minutos tomou o empate. Apartir dai o Goias pressionou, principalmente com bolas alçadas na area, já que o time goiano conta com bons cabeçeadores e a zaga coxa dava sinais de que aquela segurança do primeiro tempo estava se acabando. Insistiu tanto que empatou aos 30 e pouco.

Aos 40 e pouco o coritiba encontrou um gol espirita com Tiago Bernardi.

Até ficaria no lucro, já que foi buscar o empate no final. Mas aos 47 minutos do segundo tempo, Michael perde um dos gols mais feito da história, sem exageros. Essa foi a melhor oportunidade para vencer fora e não conseguimos. É mais uma prova que nesse campeonato vamos brigar no máximo por uma vaga na sul-americana, infelizmente.


movie...

The Living and the Dead
Não é exatamente um filme de terror, mas do começo ao fim ele tem uma atmosfera pesada e que nos faz acreditar que alguma coisa ruim vai acontecer a qualquer momento. Ele mostra o quão díficil é lidar com um doente mental na família, ainda mais quando esse deve cuidar da mãe que está num estado terminal de câncer.

No começo a câmera está sempre parada, ela não acompanha o movimento dos atores, o que foi legal para criar um certo distanciamento da história com o público. Aos poucos essa técnica foi sendo abandonada, já que passamos a nos entrosar mais com a família, ainda que não seja uma tarefa fácil.

Um filme dificil, com cenas degradantes e humilhantes para alguns personagens, com algumas situações que podem deixar alguns aflitos, principalmente aqueles que não são fãs de SERGINGAS. Enfim... é um filme que eu não ia sair por ai recomendando... mas nem dizendo para não ser assistido..

11.7.08

Diário dos Mortos, 2007
George A Romero

Serei breve.

Eu tenho uma certa adoração por filmes de zumbis, principalmente os de George Romero. Despertar dos Mortos e A Noite dos Mortos Vivos são clássicos e sempre que eu os assisto a experiência é ótima.

Estava meio com um pé atrás com esse lançamento, mas foi em vão. George Romero se saiu muito bem.

Em Diário dos Mortos temos tudo o que se pode esperar de um filme de zumbis e um pouco mais. O gore está presente com toda a força. Creio que nesse filme George Romero se superou no quesito mortes violentas e sanguinolentas. A história em si é relativamente boa e permite um pouco de críticas sociais e também uma cena de humor não muito usual.

Existe essa certa conotação política no filme, além de algumas reflexões a respeito de atitudes da sociedade e também da mídia. A narradora fala a respeito da estranha sensação quando vemos um acidente na estrada... nós paramos o nosso carro, mas não para ajudar e sim para olhar.

O filme também acaba mostrando o quão despreparada a humindade está para lidar com qualquer tipo de tragédia e o quão cruel ela pode ser. Como indaga a narradora no final: Vale a pena salva-la? Me diga você!

Nota: 77

revire: definitely, maybe

Três Vezes Amor, 2008
Adam Brooks

É uma comédia romântica, sim, mas que está sempre tentando fugir das obviedades do gênero e na maior parte do tempo consegue. Claro que temos um certo deja-vu em algumas cenas, mas são poucas e geralmente não é algo tão perceptivel assim.

O filme começa de uma maneira bem interessante. Will sai do trabalho e vai buscar sua filha Maya na escola, mas chegando lá ele percebe que há algo de errado. Há um alvoroço por parte das crianças e dos pais. É que a professora resolveu dar uma aula de iniciação sexual aos alunos, o que os deixou um tanto confusos.

Will tem dificuldades para falar com Maya sobre o assunto e papo vai, papo vem, a garota pede para o pai contar a vida amorosa dele. Will aceita, mas avisa que vai mudar o nome dos personagens e desafia a garota a acertar qual das mulheres é a sua mãe.

Foi uma maneira original de apresentar uma história de amor... 3 na verdade. É interessante pois se trata de um filme cujos acontecimentos podem fazer parte da vida de qualquer um, já que o amor é algo que sempre prega peças.

Ryan Reynolds é um ator bem versátil e soube fazer esse papel com maestria, utilizando um ótimo timing cômico quando necessário e também um ar romântico em algumas cenas, sem parecer falso.

Um filme que foge da mesmice, com vários dialogos e situações marcantes.


8.7.08

review: paranoid park

Paranoid Park, 2007
Gus Van Saint


É inegável que Gus Van Saint faz parte da vanguarda do cinema moderno. Ele é um diretor que jamais pensa no lucro que seus filmes podem gerar. O que ele faz é pegar histórias um tanto complicadas e muitas vezes polêmicos e empregar um estilo próprio de fazer cinema para conta-las. Paranoid Park é um filme sobre Alex, um garoto que gosta de andar de skate e que tem a sua vida mudada para sempre devido a um ato impensado.

Em seus últimos filmes, como Gerry, Last Days e Elefante, ele visivelmente exagera em seus experimentalismos, muitas vezes temos a impressão de estarmos diante de um mero exercício de estilo, ainda que seja algo interessante de ser visto, na maior parte do tempo. Em Paranoid Park, Gust Van Saint encontrou um equilíbrio entre seus requintes técnicos e o desenvovimento da história e de seus personagens. Um exemplo disso é a cena na qual vemos Alex tomando banho. Vemos o seu rosto e a água caindo do chuveiro por um bom tempo, em slow motion. É legal ver a água assim, mas além disso, é uma cena importante que mostra toda a angustia que o pesronagem está sentindo.

Alex é um rapaz um tanto calado, mas que quando fala sempre tem alguma coisa interesante para dizer. Mas ele é mais daqueles que agem ao invés de falar.

Temos uma investigação e os suspeitos são os skatistas. Sabemos que Alex fez alguma coisa grave. Aos poucos vamos descobrindo o que foi e demora um tempo até entendermos como ocorreu o fato. Essa demora ajuda a criar um certo mistério para saber o que realmente aconteceu, e quando temos a resposta ela é algo bem impactante.

Paranoid Park é um filme forte, pois é sobre um jovem que passa a viver com uma culpa enorme, pois toma atitude despretensiosa que acaba virando em algo catastrófico.

Gus Van Saint conseguiu realizar um filme que talvez possa ser chamado de filme de arte e que é bem acessivel.

6.7.08

review: abre los ojos

Preso na Escuridão, 1997
Alejandro Amenabar

Abre los Ojos é considerado melhor que Vanilla Sky devido a certos motivos que não bastam para justificar essa preferência. Vou citar três:

1. Abre los Ojos veio antes de Vanilla Sky. Remakes que aparecem pouco tempo depois do original já são considerados inferiores antes mesmo de estreiarem.

2. Abre los Ojos é europeu, Vanilla Sky é americano. Para alguns criticos o cinema europeu é sempre superior ao americano.

3. Vanilla Sky tem Tom Cruise, um alvo que muitos criticos adoram metralhar, na maioria das vezes injustamente.

É claro que temos aqui um bom filme. Abre Los Ojos não se enquadra num gênero específico. Temos pinceladas de drama, romance e ficção.

César é um cara rico pra caralho, mas que não precisou trabalhar para conquistar todo esse dinheiro. Apenas nasceu num berço de ouro. Ele é basicamente um playboy que gostar de passar o tempo com mulheres diferentes. Mas quando conhece Sofia tudo começa a mudar.

Só que essa mudança é um tanto radical.

Alejandro Amenabar foi feliz ao criar uma atmosfera pesada, um tanto claustrofóbica, refletindo o estado de espírito de César depois que algo de grave aconteceu com ele.

Dou uma dica preciosa de assistir ao filme prestando atenção. O roteiro é feliz quando explica o que está realmente acontecendo com César, mas é bom estar atento para não acabar perdido.

Bom, agora preciso compara-lo com Vanilla Sky. BOM. Prefiro Vanilla Sky. É um filme muito melhor realizado, graças ao roteiro e a direção de Cameron Crowe. Cenas importantissimas de Abre los Ojos são realizadas de uma maneira apressada demais, como quando César e Sofia passam juntos a noite. Eu simplesmente não consegui acreditar que os dois se apaixonaram assistindo ao filme europeu, já em Vanilla Sky nós sentimos que rolou algo a mais do que uma simples atração física entre os dois personagens.

No Vanilla Sky existem certos detalhes que fazem toda a diferença. Temos o lance do DOCE e AMARGO. Temos "1 minuto pode mudar tudo". A relação de David com o pai é melhor desenvolvida, assim como o seu medo de altura, o que importante na conclusão da história.
Ah sim... temos também RADIOHEAD, SIGUR ROS, REM e... Jeff Buckley.

De qualquer forma, valeu pelo argumento.

Nota: 65


5.7.08

review: grace is gone

Grace is Gone, 2007
James C. Strouse



A guerra do Iraque é usada como pano de fundo para contar uma história triste e honesta sobre perda e família. Para ser mais exato: Perda na família.

Stanley perde sua mulher na guerra e não sabe como contar isso para suas filhas. Ele está totalmente perdido em relação a que atitude tomar e impulsivamente resolve fazer uma viagem com suas filhas.

O diretor estreante demonstrou uma sensibilidade impar ao retratar essa situação, claro, a trilha sonora de Clint Eastwood colabora bastante para o resultado positivo.

Grace is Gone vira um tipo de road-movie. Acompanhamos toda a dificuldade de Stanley em lidar com a perda e também de encarar a sua filha mais velha, de 12 anos, já que ela é mais madura do que a idade que tem. Essa viagem permite uma aproximação de um pai que era um tanto rigido demais com suas filhas, um pai que não permitia muitas contestações das suas vontandes, mas que agora começa a repensar sobre suas atitudes.

Foi um filme bem executado. Durou o tempo suficiente para ter um desenvolvimento razoavel dos personagens e não ficar repetitivo.

A última cena foi linda e colaborou para essa nota alta...

Nota: 80

3.7.08

review: spiderwick chronicles

As Crônicas de Spiderwick, 2008
Mark Waters

Eu realmente não tenho mais tanta paciência pra filmes desse tipo. Fantasia (semi) infantil não é comigo, a não ser que seja algo genial como Ponte para Terabitia, algo que As Crônicas de Spiderwick está longe de ser. De qualquer forma, é um filme que consegue entreter um pouco alguém crescido, mas eu preferia te-lo visto quando ainda era um pequeno garoto.


Digamos que a história em si não tem tanta importância. Aliás, se eu for escreva-la aqui provavelmente vai afastar muita gente.

Posso dizer o seguinte, tem uns bicho que parecem gnomos e outros parecem uns ogros. Tem os de bem e os do mal. Esse duende verde da primeira foto é o personagem mais interessante do filme, provavelmente. Ele é capaz de divertir com sua brabeza, pena que não aparece muito.

Eu sei que tem um livro importante, feito por um carinha há uns 80 anos. Os gnomos querem pegar esse livro para destruir todos os outros. Enfim...


Os efeitos especiais são muito bons e a atmosfera de fantasia foi muito bem construida pelo diretor.
Como é um filme para crianças, tem uma subtrama que quer passar uma mensangem... nesse caso é sobre o casamento dos pais que não deu certo. Provavelmente era algo dispensável, pelo menos foi razoavelmente bem feito e colaborou para desenvolver alguns personagens, principalmente as crianças, já que boa parte do filme mostra a maneira como elas reagiram a tal situação.


Mas... eis um filme que realmente não quero assistir novamente. Até consegui, por um breve momento, me sentir como um pequeno rapaz que se empolga ao ver alguém usando molho de tomate como arma mortal contra inimigos perigosos... mas a empolgação dura pouco, bem pouco.

Nota: 60

1.7.08



In Bruges, 2008
Martin McDonagh

Uma grata surpresa. Só fui saber da existência desse filme graças a um amigo, se não iria passar batido. Apesar de ter Collin Farrel no elenco, não vi nenhuma propaganda dela, o que é estranho.

É um filme forte. Forte e fantástico. Vou rapidamente escrever sobre algumas coisas que fazem desse filme um dos melhores do ano, até o momento.

Primeiro, a cidade em que se passa o filme. A cidade se chama Bruges, na Béligica. Você já ouviu falar dela? Eu também não tinha, agora quero conhece-la um dia.
É uma cidade extremamente bela e tal beleza foi muito bem explorada pelo diretor Martin McDonagh. Ray e Ken são dois matadores profissionais e estão na cidade a espera de um serviço. O passado recente de Ray o condena e o assombra, e sua estadia em Bruges serve também para esfriar a cabeça, já que ele tem a possibilidade de aproveitar diversos programas culturais que a cidade oferece. Mas Ray é um cara que prefere frequentar um bom e velho pub, ao contrário de seu parceiro Ken, que quer conhecer todos os pontos túristicos.

Outra coisa interessante, é que temos um filme sério, porém extremamente engraçado. O humor é politicamente incorreto. Ray faz comentários ácidos a respeito de negros, anões, paquistaneses... E isso durante quase todo o filme, o que faz com que o nosso interesse jamais diminua.

Além disso, é um filme sobre crimonosos, portanto crimes acontecerão, só que de uma forma diferente. Não temos um vilão propriamente dito. Antes de cometer um ato que possa prejudicar outra pessoa, os personagens param para pensar nos seus atos, algo muito incomum na maioria dos filmes, em que vemos pessoas matando as outras sem pensar duas vezes.

As cenas que envolvem tiros e... quedas, são realizadas de uma maneira um tanto gore demais, colaborando para a seriedade do filme.

Collin Farrel está se destacando esse ano. Em Cassandra´s Dream ele criou um personagem totalmente diferente desse de In Bruges. Em ambos ele se saiu bem. Muito bem, aliás.

Resumindo, um filme corajoso e surpreendente, que provavelmente vai agradar a maioria.