29.6.07

zoooooooombieeeeeeeeeessss

O Dia dos Mortos, 1985
George A. Romero

Quando se fala em filmes de zumbis é natural que o nome que venha a nossa mente seja de George A. Romero. Ele é o autor da clássica trilogia que se inicia com A Noite dos Mortos Vivos, passa por O Despertar dos Mortos (meu preferido) e termina com O Dia dos Mortos. Hoje em dia o gênero ganhou uma nova e interessante cara, com o o bom Terra dos Mortos e os excelentes Extermínio e A Madrugada dos Mortos(que é um remake de "o despertar dos mortos").

O Dia dos Mortos é o projeto mais ambicioso do diretor, pois ele tenta humanizar os zumbis e animalizar o homem. Com sucesso! O filme começa com um tipo de cena que sempre me causa arrepios: Uma pessoa ou um grupo de pessoas se depara com uma cidade grande totalmente vazia. Me lembro desse tipo de cena em filmes como Vanilla Sky, Advogado do Diabo e Extermínio. Em O Dia dos Mortos 4 pessoas sobrevoam uma cidade dentro de um helicóptero em busca de um ser vivo mas, só encontram o vazio e o silêncio. Até que lentamente uma sombra começa a se mover e logo um belo exemplar dos nossos queridos mortos-vivos aparece. Depois aparece outro e outro e outro... Aliás, foi uma bela forma de mostrar toda a competência dos responsáveis pela maquiagem, que é um dos pontos fortes do filme.

Somos apresentados a um grupo formado por cientistas e militares. Eles estão escondidos num bunker subterrâneo com o objetivo de fazer um estudo antropológico com os zumbis, para entende-los e apartir disso conseguir bolar uma maneira para derrota-los. Só que esse grupo não é muito heterogêneo, o que tornam escassas as chances dos experimentos darem certo.

Eu nunca tinha visto um filme que almejasse compreender, de fato, os zumbis. Aqui eles não são apenas maquinas de matar em busca de miolos. Eles têm um minimo de raciocínio, nem que seja apenas por instinto. É interessante essa idéia de dar "vida" aos mortos-vivos. Graças a isso, conseguimos encontrar carisma num dos zumbis e passamos a torcer para ele numa situação.

Os militares não reagem bem a nada que acontece. Ai me pergunto, será q eles já eram loucos assim ou toda a situação(a terra dominada pelos rejeitados pelo inferno) os fez chegar em seus limites? Pena que não há um aprofundamento nos personagens para que esse tipo de questão pudesse ser respondida.

Apesar de todo esse lado sci-fi, O Dia dos Mortos é sim um filme de terror, que caminha pelo trash e também pelo gore, com cenas absolutamente sangrentas, que em 1985 com certeza tinham o poder de fazer as pessoas desviarem o olhar da tela.

O final acaba decepcionando pois muitas coisas ficam no ar(eu sei que esse era propósito, mas não creio q fosse o mais certo a se fazer) mas, não nego que a cena final possui uma certa melancolia sombriamente bonita.




Nota: 79

25.6.07

Fantasmas da Guerra, 2006
Su-chang Kong

O cinema coreano vem evoluindo ano a ano, mas Fantasmas da Guerra, apesar de ser decente, não retrata essa evolução. Temos aqui um filme com uma idéia promissora, misturando dois gêneros de uma forma original: Guerra e Terror. Final da guerra do Vietnã. Alguns soldados coreanos são enviados para um local chamado R-POINT, com a missão de resgatar outros soldados que aparentemente sumiram!

Chegando no local, eles percebem que há algo de errado. Fantasmas? (eh so ver o titulo, duh...)

O diretor tenta, mas não consegue criar um clima de tensão e medo satisfatórios. O que realmente não colabora para o sucesso do filme, já q ele almeja assustar... no final das contas fica díficil até mesmo sentir medo pelos personagens.

É meio irritante a utilização-cliche de flashbacks pra explicar coisas que são bem óbvias, coisas que aconteceram 30 minutos antes... a maioria dos diretores acha q o povo que ve os filme são meio ignorantes, normal... O final é um tanto decepcionante, ele tenta ser surpreendente, mas acaba sendo forçado, já q não há qualquer tipo de pista no decorrer do filme que faça com que ele faça sentido de fato.Pelo menos a produção eh competente, tecnicamente merece aplausos, mas faltou muita coisa pra ser um bom filme.





Nota: 53

1.6.07

piratassss

Piratas do Caribe - No Fim do Mundo, 2006
Gore Verbinski

Piratas do Caribe é uma idéia que deu certo, não dá para negar. Os dois primeiros filmes foram uma quase perfeita mistura de humor, ação, boas interpretações e histórias no minímo divertidas. Agora, o que eu também não posso negar é que foi realmente cansativo aguentar as quase três horas de Piratas do Caribe - No Fim do Mundo. Eu estava com a maior da boa vontade quando comecei a assistir, pq assim como a maioria dos viventes, admiro um filme que me faça rir e seja repleto de ação de qualidade - e era isso que eu esperava dele. Até tive um pouco do que queria, mas não o suficiente para eu efetivamente gostar do que eu vi.

Pra ínicio de conversa, creio que não era necessário fazer um filme tão longo! Praticamente duas horas e cinquenta minutos. Não teria o menor problema essa duração, se tivessemos uma história interessante, mas não é o que acontece. O roteiro é exagerado em revelações, reviravoltas e sub-tramas, de um jeito que me fez desistir de tentar entender os motivos que levavam a certas coisas a acontecerem, se não eu ficaria louco. Me concentrei apenas nos personagens, na maquiagem e nos efeitos visuais.

Jack Sparrow, novamente, é a alma do filme. Johnny Depp continua excelente interpretando o pirata mais interessante do cinema moderno. Geoffrey Rush tb está bem no papel de Barbossa. Já Orlando Bloom e Keira Knightley tentam, mas não conseguem se destacar.

Há uma cena em particular que quase faz tudo valer a pena. É bem no final, quando um navio é destruido. Ali Gore Verbinski mostra toda sua habilidade, conduzindo uma cena de ação em câmera lenta de fazer arrepiar.

Se o filme tivesse duas horas e uma história menos truncada, deixaria uma impressão de que há fôlego para que a franquia continue. Mas o que ele acabou deixando, pelo menos em mim, foi uma leve dor de cabeça.

Nota: 48