3.2.07

.filmes.

Maria Antonieta, 2006
Sofia Coppola

Geralmente, quando resolve-se fazer um filme cujo roteiro é baseado em um acontecimento histórico o diretor tenta de todas as formas torna-lo algo grandioso -um épico, com milhares de figurantes, com diálogos que tentam dizer mais do que realmente dizem- mas na maioria das vezes ele erra a mão. Sofia Coppola procurou contar a história de Maria Antonieta de uma maneira mais pessoal, mais humana mesmo, mais atual.

O filme nada mais é que cenas que mostram a vida de Maria Antonieta, a famosa esposa do rei Luis XVI da França. Cachorros, festas, doces, tentar engravidar... Somos apresentados ao seu cotidiano e isso as vezes é um pouco chato, mas ás vezes é extremamente agradável. O jeito que o filme segue é parecido com Encontros e Desencontros, que não tem uma história com começo, meio e fim, algo comum na maioria dos filmes. Pra uns isso é bom, pra outros é uma merda. Sou da primeira opção, as vezes é bom variar.

O tempo vai passando e vamos nos perguntando... ué... e a Revolução, cade? Pois é... aos poucos e sutilmente ela vai tomando forma, e temos que estar atentos para perceber os pontos chaves, como quando o Luis XVI acata a idéia de enviar tropas para ajudar os EUA em sua luta de indepêndencia contra a Inglaterra, etc.

Creio que esse filme é daquele tipo que é mais do que aparenta. Injustiçado nas bilheterias, nas críticas, porém um tanto recompensado com uma indicação ao oscar, merecida, de melhor figurino. Sofia Coppola inegavelmente regrediu, o que era esperado, pois Encontros e Desencontros é uma obra-prima. Mas de qq forma, fica a certeza de que ela pode ainda oferecer muita coisa boa pro cinema.

Nota: 79