13.2.07

.filmes.

À Procura da Felicidade, 2006
Gabriele Muccino

Hoje em dia é muito difícil alguém criar algo original de verdade, então o que se pode fazer para se conseguir algum destaque é pegar um tema já usado e colocar uma visão diferente, usando elementos novos, que fujam um pouco do marasmo. Basicamente é isso o que acontece em À Procura da Felicidade. O tema não é nada novo: Aquela velha história do homem que se fode o tempo inteiro, em busca da sua redenção, ou como diz o título, da felicidade. Só que nesse caso existem mais atrativos. Um deles é o fato de ser baseado numa história real, o personagem principal existe realmente e isso é um motivo que nos leva a nos identificar e nos importar mais ainda com ele. Outra coisa é a atuação de Will Smith, que logo comentarei.

Chris Gardner entrou numa roubada de ser revendedor de um aparelho caro e não muito eficiente. Sua vida e a vida de sua família dependem de suas vendas, que nunca atingem um número suficiente. Desesperada com a situação, sua mulher resolve partir e aí ele tem que cuidar de seu filho sozinho. É quando por acaso ele tenta entrar de estagiário em uma empresa, como corretor de seguros.

O forte do filme é a relação de pai e filho, e todo o sacrifício que Chris tem que fazer todos os dias para conseguir que ele e seu filho tenham um teto sobre suas cabeças na hora de dormir.

Will Smith tem uma interpretação digna de um Oscar. Nos momentos principais do filme ele consegue passar emoções muito fortes, sem soar nem por um segundo algo forçado. Não sabia que ele tinha todo esse talento.

É interessante também os contrastes que são mostrado de formas bem sutis, como quando um carro de rico passa em alta velocidade por um breve momento na frente de uma fila de pessoas que disputam um lugar num albergue, ou também em uma foto de um Magic Johnson extremamente sorridente que fica dentro do quarto do filho de Chris, justamente um lugar que constantemente é palco de discussões e tristezas.

Mas é claro, no fim fica a mensagem (um tanto clichê) de que TUDO É POSSÍVEL, basta querer. Infelizmente pra maioria não é assim, mas se foi pra Chris Gardner, pode ser pra muita gente.

Nota: 80