3.4.07

.filmes.

A Fonte da Vida. 2006
Darren Aronofsky

Darren Aronofsky apareceu pro mundo com o seu trabalho psicológico e quase surrealista Pi, com teorias a respeito do famoso número 3,14. Depois, o diretor Nova Iorquino surpreendeu e conquistou uma legião de fãs com a obra-prima chamada Réquiem para um Sonho, que mostra a vida de pessoas viciadas, seja em drogas, remédios para emagrecer ou TV. Provavelmente o filme mais sombrio sobre esse mundo junkie, aqui o fundo do poço é mais longe do que jamais imaginamos.

Depois de 6 anos finalmente temos um novo trabalho do talentoso diretor. A Fonte da Vida é um filme para ser visto, revisto, estudado, mas acima de tudo contemplado. Ele é principalmente uma experiência visual e musical que impressiona qualquer um. Belas imagens, acompanhadas por uma trilha sonora emocionante, contam uma história sobre o amor.

Três histórias em três séculos diferentes, que se ligam de várias formas. A mais óbvia, é pelos personagens principais, que em cada tempo são interpretados por Hugh Jackman e Rachel Weisz. Mas o fator principal que liga tudo é a busca do impossível. No tempo atual, o veterinário Tomas Creo não quer apenas ficar vendo sua esposa, Izzi, morrer. Ele tenta descobrir uma maneira de curar sua doença incurável. Na idade média, o conquistador espanhol parte em um busca da susposta árvore da vida. No futuro, o astronauta procura respostas sobre a existência.

Acima de tudo, A Fonte da Vida é um filme de amor. Mais do que isso, sobre a profunda dor causada pelo fim dele. Acompanhamos o sofrimento de Tomas enquanto ele vê sua esposa morrendo aos poucos. Devido a interpretação digna de oscar de Hugh Jackman conseguimos sentir a tristeza que ele sente, e assim como ele, temos um fio de esperança que tudo possa acabar bem.

Típico filme para ser visto no cinema. No escuro, com a tela grande e com o som potente, somos facilmente absorvidos pela atmosfera hipnotica do filme. Kubrick foi um gênio, e parece que deixou dois pupílos na terra: Mark Romanek, de Retratos de uma Obsessão e, é claro, Darren Aronofsky.