15.7.08

review: night of the living dead

A Noite dos Mortos-Vivos, 1968
George A. Romero



Demorei para assistir ao primeiro filme de zumbis de George A. Romero e apenas tenho a lamentar por tanto tempo perdido, pois é algo especial. O lançamento se deu em 1968 e naquela época ele teve um enorme impacto sobre o público. Era gente vomitando no cinema, gente tomando sustos incrivéis e teve até uma associação cristã que quis processar George Romero, dizendo que ele havia feito um pacto com satanás. Hoje em dia, tais cenas não produzem o mesmo efeito, mas o filme continua a assustar, principalmente na famosa sequência final, que influenciou tantos filmes posteriores, como Sinais de M. Night Shyamalan.

Não é todo mundo que gosta de filmes de zumbi, mas acredito que A Noite dos Mortos-Vivos pode se apreciado por qualquer um.

Tudo começa de uma forma tranquila, mas com um ar de que alguma coisa estranha vai acontecer. Temos um casal de irmãos visitando o túmulo da mãe num cemitério que fica em alguma cidade do interior. Eles estão discutindo e vemos ao fundo um homem velho se aproximando, aparentemente é só o guardião do lugar. APARENTEMENTE, apenas, já que ele se revela como o primeiro zumbi e é ai que a diversão e o medo começam.



George Romero operou milagres para criar essa atmosfera caótica e assustadora com tão baixo orçamento. Ele consegue transmitir bem o medo e a desolação que os personagens sentem ao ficar presos numa casa cercada pelos zumbis, que querem apenas uma coisa: CARNE HUMANA FRESCA.

Assim como nós, os personagens demoram a entender o que está acontecendo. Até que alguém acha um rádio e as explicações começam a ser dadas. No filme eles tentam explicar a origem dos zumbis, mas é algo um tanto non-sense demais... mas no fundo, o que importa? Só importa que eles não tem sentimentos e querem apenas achar comida para continuarem "vivos".



Existe uma enorme quantidade de sustos fáceis, de personagens idiotas morrendo de maneiras inacreditáveis e tomando as piores decisões possíveis.

Mas isso eu deixo de lado. Eu guardo pra mim toda a habilidade que George Romero demonstrou
ao criar um filme que transmite um medo genuino na maior parte das cenas. Guardo a coragem do diretor de criar algo tão sanguinário no final dos anos 60. E também guardo nas minhas retinas a imagem da cena final, que é ao mesmo tempo perturbadora e irônica.

Enfim, temos um belo inicio para uma dinastia dos Zumbis de George A. Romero.

Nota: 84