17.1.08

breach

* Quebra de Confiança, 2007
Billy Ray

Quebra de Confiança é baseado em eventos reais, algo que quando bem trabalhado sempre se torna interessante, já que os personagens foram ou são pessoas de verdade. Aqui, logo na primeira cena somos informados da prisão de Robert Hanssen, um homem que trabalhava no FBI e que foi um dos maiores espiões americanos de todos os tempos, vendendo informações importantes aos Soviéticos em plena guerra-fria e depois dela.

Após essa cena, o filme volta no tempo por dois meses, exatamente quando a captura de Robert começa a tomar forma. O FBI entrega ao jovem policial, aspirante a agente, Eric ONeall a tarefa de observar Robert e reportar tudo para os superiores. A principio, Eric é apenas informado que Robert é um maniaco sexual, nada mais que isso. O jovem policial até desdenha da missão, por acha-la simplória demais.

Eric conhece Robert e com o tempo passa a respeita-lo e até admira-lo, por vários motivos: Robert vai a igreja todos os dias, é amado pelos seus netos, pela sua mulher, não bebe, não usa drogas e faz o seu trabalho como ninguém. É apartir desse início de sindrome de estocolmo que a agente do fbi Kate Burroughs fala para Eric sobre toda a traição ao pais cometida por Robert.


Nós sabemos que Robert vai ser pego, mas não sabemos como, já que ele é um excelente profissional e tem um desconfiometro fantástico. Muitas vezes a fotografia do filme o faz aparecer mais no escuro, envolto em sombras, talvez para fazer dele alguém misterioso.

Chris Cooper é realmente a alma do filme. Ele cria um vilão muito interessante, capaz de nos fazer sentir compaixão, as vezes pena e medo. Alias, Cooper trabalha tão bem, com tanta sobriedade que achamos dificil de aceitar o fato que ele foi pego pelo personagem interpretado pelo competente, mas longe de ser genial, Ryan Phillipp.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a direção do novato Billy Ray. Ele proporciona enquadramentos bem elegantes, sem se utilizar de exercicios de estilo, algo simples e eficiente, que contribue para que o filme flua num ritmo bem natural e ficando tenso nos momentos necessários.

Enfim, dos filmes inteligentes de 2007, o meu preferido, suplantando Jogos do Poder e Conduta de Risco.

Nota: 85